21 de dezembro de 2010
14 de dezembro de 2010
Manifesto contra a pobreza
Nós, os Jovens da Região Pastoral Oliveira Norte, reunidos no Centro Social e Paroquial de Seixo da Beira constatamos que a pobreza é uma realidade bastante visível a nível nacional e a nível regional. É uma realidade que cresce a cada dia que passa e que se agrava devido à crise.
Sabemos que é fácil chegar à pobreza. Sabemos que as famílias devido ao endividamento têm dificuldade em pagar as contas, as casas e nos casos mais graves não têm dinheiro para comer. Sabemos também que há pessoas que devido ao consumismo não conseguem gerir o dinheiro caindo em muitos casos em pobreza.
Sabemos que são cerca de 2 000 000 as pessoas que vivem na angústia porque não têm pão para dar aos filhos, não têm poses para os mandar estudar, não têm dinheiro suficiente para comprar os medicamentos de que tanto precisam. Sabemos que são muitos os que se alimentam das sobras dos mais abastados e dos que desperdiçam.
Apesar de tudo, valorizamos o trabalho das instituições de solidariedade social que ajudam os mais pobres com refeições, roupas e outros bens de necessidade básica. Valorizamos as diversas campanhas de recolha de produtos e bens que vão ser distribuídos pelos que mais precisam. Valorizamos o trabalho de tantas pessoas que se dedicam a levar um pouco de alegria e conforto a estas pessoas. Valorizamos e acreditamos que há pessoas que com a ajuda dada tentam melhorar a sua vida aprendendo a gerir de forma correcta o que têm.
Denunciamos todos os casos de aproveitamento de rendimentos que se acomodam, não procuraram emprego e aproveitam a situação para usufruir todas as regalias dadas pelo governo e pelas instituições de solidariedade social. Denunciamos o número de pessoas que ligam e vestem marcas e que se esquecem que por trás das peças está decerto muita pobreza.
Para reflectir deixamos a reflexão de um cristão que lembra que se os dois milhões de pobres que oficialmente existem em Portugal dessem as mãos e formassem uma cadeia humana em que cada um ocupasse um metro, a fita humana, começava em Coimbra, passaria por Paris e chegaria à Holanda. E se pensarmos nos mil milhões que vivem com menos de um euro por dia, a cadeia por eles formada iria até à Lua, voltaria à Terra e só acabaria de novo na Lua.
Como jovens cristãos, devemos imitar Jesus fazendo o bem aos outros, dando-lhes apoio, levando-lhes um pouco de alegria e uma palavra amiga, acreditando nas suas competências, dando-lhes o nosso exemplo de vida de cristã e incentivando a poupança.
Seixo da Beira, 27 de Outubro de 2010
(Encontro Trimestral)