Há Dias Assim
Hoje preciso de Te escrever, mas não quero...
Ou melhor... até quero,
Mas não sei como o escrever.
E, talvez por isso,
No pouco que sou capaz da Te dizer,
Eu perceba porque Te amo:
Às vezes amo-Te sendo tão forte
E tão próximo que quase Te esmago
E não deixo que sejas em mim e comigo;
Outras há em que, frio e distante,
Não deixo que Te aproximes
E quase que Te afasto infinitamente....
Tu sabes que Te amo com este jeito de ser,
Às vezes tolo e sorridente,
Outras tantas vezes com um olhar triste, cansado...
E, no entanto, sabes que amo tudo em Ti:
O que és,
A forma como vens até mim,
Com os sins que me dizes
E com os nãos com que me prevines...
E se há dias em que, achando-me forte,
Sou apenas eu que vou à frente,
Há dias em que sou fraco
E preciso mais do que nuncas que me puxes...
Talvez este seja um desses dias,
Em que, cansado ou triste, apenas Te peço:
Que me olhes
Com a mesma doçura e benevolência
Com que acolhes os pródigos,
Que me fales com a mesma bondade
Com que foste acolhendo os que recorriam a Ti....
Peço-Te, tão somente, que me abraces
Com benevolência
E que me sussures ao ouvido:
"Encosta-te a Mim e deixa-te estar".
(Luís Miranda)
Grupo dos mais velhos
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